Vamos a uma contagem? Mãos no ar se já ouviste falar sobre neuromarketing e no seu impacto para aumentar o volume de vendas!
A verdade é que este conceito tem sido muito falado, principalmente no pós-pandemia. O problema é que há muitas informações equivocadas a seu respeito. Como podes imaginar, cimentares a tua estratégia em mitos e meias verdades não trará os resultados que esperas.
Por isso, o nosso objetivo é desvendar os principais mitos em torno do neuromarketing e esclarecer alguns pontos importantes. Vamos a isso?
Neuromarketing: 5 mitos nos quais não deves acreditar
Apesar do conceito ter ganho popularidade nos últimos anos, os primeiros registos sobre esta temática datam da década de 90.
O precursor desta ciência foi o professor Gerry Zaltman, da Universidade de Harvard. Para compreender o comportamento de consumo, Gerry utilizou equipamentos de ressonância magnética para perceber que zonas do cérebro são ativadas sempre que um consumidor toma uma decisão de compra.
No entanto, acredites ou não, só muitos anos depois é que estes estudos foram utilizados para desenvolver estratégias na área do marketing.
Sabias que é possível perceber que estímulos são mais eficazes durante o processo de compra? Isso acontece através da recolha de informações relacionadas com:
- A atividade elétrica do cérebro;
- Os batimentos cardíacos;
- A linguagem corporal do consumidor.
A questão é que esta ainda é uma ciência recente e pouco acessível, pois as pesquisas têm custos extremamente elevados. Precisamente por não haver ainda muitos dados sobre o tema, é comum depararmo-nos com informações incorretas.
Para que não sejas enganado com falsas ideias, de seguida desvendamos os principais mitos em torno do neuromarketing:
Mito 1. Podes desvendar os pensamentos do consumidor
Para tudo que temos aqui presente o superpoder de ler mentes!
Não seria maravilhoso se pudesses adivinhar o que os teus clientes pensam sobre o teu produto?
Era ótimo, mas temos uma má notícia para ti: mesmo com a ajuda da neurociência, ainda não é possível “ler” os pensamentos dos consumidores.
Estes estudos têm como objetivo detetar alterações em áreas específicas do cérebro. Isso é especialmente vantajoso quando uma pessoa é exposta a diferentes tipos de publicidade.
Memória, atenção e emoção são as funções analisadas nas pesquisas de neurociência do marketing. No entanto, a ciência ainda está muito longe de descobrir o que o consumidor pensa realmente.
Até porque, na maior parte das vezes, nem o consumidor sabe o que quer!
Mito 2. Podes hipnotizar os consumidores
Olha, mais um superpoder que o pessoal do neuromarketing tem!
Será que podes mesmo hipnotizar os consumidores através destas técnicas? É claro que isto não passa de um mito! Tanto quanto sabemos, ainda não se instalou um botão de compra na mente do consumidor.
Os estudos desenvolvidos neste campo visam a compreensão do consumo e a essência do comportamento do consumidor através da neurociência. Apesar de implicar a análise do funcionamento do cérebro, não há nada que envolva hipnose neste conceito.
Mito 3. O neuromarketing manipula o consumidor para que compre
Dito desta forma, até pode parecer que há uma mente maligna do marketing a criar estratégias para manipular as pessoas. Mas este é mais um mito que precisa de ser desvendado.
Afinal, o marketing aliado à neurociência visa melhorar técnicas de persuasão. O intuito é a construção de uma estratégia de vendas mais eficaz.
Além disso, de nada adiantaria manipular a necessidade de compra caso a tua oferta não cumpra o que foi prometido. O resultado seriam clientes frustrados e que nunca mais comprariam nenhum produto ou serviço teu. Ou pior, que iriam falar mal do teu produto e serviço a toda a gente!
Não é preciso uma análise neurológica intensa para saber que ninguém faz negócio a vender apenas uma vez a cada cliente. Assim, o objetivo é comunicar com o inconsciente e não manipular uma decisão.
Mito 4. Só as grandes empresas podem beneficiar deste conhecimento
Outro mito é o de que só as grandes empresas podem contratar um especialista em neuromarketing para desenvolver uma comunicação mais persuasiva.
A verdade é que apesar dos estudos científicos serem bastante dispendiosos, os resultados das pesquisas são acessíveis a qualquer um. Alguns métodos já são muito conhecidos, como o storytelling e os gatilhos mentais.
Assim, a neurociência pode ser aplicada ao marketing de empresas de todos os tamanhos e segmentos.
Mito 5. As suas técnicas são invasivas ou antiéticas
Outro mito é a percepção de que, ao explorar o funcionamento do cérebro, este opera de maneira invasiva ou antiética. Na verdade, a ética é um ponto crucial, e a maioria dos profissionais segue rigorosos códigos de conduta.
As técnicas utilizadas são desenvolvidas para serem informativas e enriquecedoras. E nunca para invadir a privacidade ou comprometer a integridade do consumidor.
Vá, confessa lá. Prometemos não contar a ninguém: acreditavas nalgum destes mitos?