Se quer ter uma presença online, invista em conteúdo
Cada vez mais as empresas começam a perceber a importância do conteúdo para ajudar a alavancar as suas estratégias de venda. Imagine-se quando estava a aprender a andar de bicicleta!
Provavelmente no início não estava muito confiante, tremia sempre que tirava os pés do chão e provavelmente até caiu algumas vezes… Mas, ao final de algum tempo conseguiu manter o equilíbrio e descer a rua.
Pois bem, considere a implementação de uma estratégia de marketing de conteúdos, como aprender a andar de bicicleta. Ao início não vai ver resultados imediatos, mas a longo prazo irá obter ganhos muito superiores.
Há alguns anos atrás descobrir alguma coisa sobre determinado produto ou serviço era quase uma missão impossível. Hoje em dia, basta aceder ao Google e todas as explicações encontram-se à distância de um clique.
Conteúdo: O que é o como pode alavancar o seu negócio
Tudo o que a sua empresa possa produzir é conteúdo, e o mesmo irá fazer parte de uma estratégia de marketing de conteúdos. A mesma tem diversos objetivos! Mas, podemos dizer que o principal é estimular e melhorar o seu relacionamento com o cliente.
Além disso, é uma forma de comunicação que promove a consciencialização da marca e transmite/gera confiança a quem o conhece.
Existem diversas formas de criar conteúdos, nomeadamente:
- Artigos
- Livros / eBooks
- Brochuras / manuais
- Case Study
- Infográficos
- Microsites / landing pages
- Cursos online
- Podcasts
- Apresentações
- Folhas de dados do produto
- Guias de referência
- Bibliotecas de recursos
- Vídeos
- Webinars
- White Papers…
- Imagens
- Vídeos
Nenhuma empresa produz conteúdo só porque sim! A mesma tem sempre um objetivo final. Por isso, quando der o primeiro passo, deve ter já definido esse objetivo.
Por exemplo a oferta de um ebook pode ser uma forma de obter o endereço de e-mail de um possível cliente. Se está a oferecer um curso grátis, o objetivo poderá ser fazer com que ele se inscreva numa versão mais completa do curso.
Tendo um objetivo definido, será mais simples perceber se o conteúdo que está a produzir está efetivamente a suportar as suas estratégias de venda.
Sabia que o seu site é a melhor forma de vender online?
Há algum tempo atrás abordamos o tema “Porque a melhor forma de vender é a internet”. Contudo, muitos empresários ainda não entendem o poder que um site tem nas estratégias de venda.
Diariamente o consumidor visita dezenas de sites enquanto procura os produtos ou serviços que necessita. Agora imagine que ele encontra o seu site, existem duas coisas que ele irá reparar imediatamente: o design e o conteúdo do mesmo.
Se o site não foi responsivo, se não tiver certificado de segurança, se não cumprir um determinado número de requisitos, muito provavelmente o cliente irá fechar o seu site e continuar a sua procura.
Hoje em dia, o seu site funciona essencialmente como um colaborador que se encontra online 24 horas por dia, 7 dias por semana. O mesmo fornece informações suficientes a qualquer momento para que o consumidor se sinta seguro em prosseguir com a compra.
Assim sendo, que tipo de conteúdo precisa no seu site para apoiar as estratégias de venda? De forma simples deve investir em copywriting e marketing de conteúdo (sim, são estratégias distintas).
No início, os sites eram apenas uma espécie de brochura online onde os consumidores viam algumas informações sobre a empresa.
De seguida, as empresas começaram a adicionar informações no site, como é o caso de testemunhos, reviews, conteúdos informativos e qualquer outro tipo de informação que fosse válida para atrair visitantes.
E hoje em dia existe finalmente um equilíbrio! Com a evolução das estratégias de marketing digital a maior parte das empresas investe em estratégias integradas desenvolvidas por profissionais.
E, acredite quando lhe dizemos que sem um site atraente e sem conteúdos excelentes, dificilmente vais chegar a pessoas que nunca ouviram falar de si.
Porque é que o marketing de conteúdos falha? Como evitar isso?
A verdade é que existem diversos motivos para uma estratégia de conteúdos falhar, contudo, podemos salientar os seguintes motivos:
- Não tem o conteúdo certo para o público certo
- Tem uma estratégia de marketing de conteúdos deficiente
- Não promove os conteúdos que cria (com gestão de redes sociais, campanhas publicitárias e email marketing)
- Não tenta satisfazer uma necessidade em específico
A verdade é que uma boa estratégia de marketing de conteúdos não aborda simplesmente os benefícios e vantagens de um produto ou serviço.
A mesma deve ser focada na satisfação de uma necessidade, além de promover os benefícios dos seus produtos ou serviços enquanto esclarece o cliente.
Lembre-se que os seus clientes têm uma necessidade ou desejo, por isso é importante perceber como é que vai pegar na mesma, e satisfazê-la.
Para alinhar os conteúdos com as estratégias de venda, é importante perceber qual é a sua necessidade mais urgente, e ao ter essa informação bem presente vai ser mais simples conseguir posicionar-se nessa linha.
Além disso, é importante ter em mente que não precisa criar uma estratégia de conteúdo sozinho.
Na maioria dos casos delegar a mesma a especialistas pode ser a diferença entre investir dinheiro e obter um bom retorno, ou estar a investir sem qualquer tipo de retorno.
Isto porque, escrever para um website não é igual a escrever para uma revista ou para os seus amigos. Existem técnicas, nomeadamente de SEO que devem ser seguidas.
2 dias no ClickSummit a maior conferência de marketing digital em Portugal
Hoje trago-vos um conteúdo um pouco diferente. Embora esteja obviamente ligado à área de marketing digital, não irei falar sobre um único tema.
Na verdade, irei falar sobre vários temas distintos, partilhando convosco os insights que tirei da maior conferência de marketing digital em Portugal – o ClickSummit.
Ao longo de dois dias ouviu-se falar de temas variados e extremamente interessantes, com vozes sonantes da área tanto em Portugal como lá fora.
Nomes como Eric Fulwiler da Vaynermedia e James Sinclair fizeram parte de uma lista de oradores que conseguiram captar a atenção de todos os que estavam presentes nesta sala.
Infelizmente, não consigo já dizer ao certo quem foram os oradores que partilharam a grande maioria dos insights que irei partilhar agora convosco.
Mas, tenham a certeza que depois de lerem este artigo, vão agregar valor ao vosso conhecimento, e isso, é o mais importante.
Conferência de Marketing Digital – O que aprendi no ClickSummit
Se tem conta no Twitter, provavelmente a hashtag #ClickSummitpt foi uma das que mais viu na sua conta nos últimos dias.
Isto porque, esta conferência de marketing digital, marcou nos últimos dois dias (11 e 12 de outubro) a vida de 500 profissionais da área de marketing digital.
E porque é que me refiro ao marketing digital? Porque hoje em dia a internet é um mundo, e não investir no digital, é ser deixado para trás.
De seguida apresento-vos os maiores insights de 2 dias de intensos e com uma enorme “overdose de informação”.
1 – Proteção de dados
O tema da proteção de dados foi abordado pelo fantástico Peter Wright. Com a implementação do RGPD há mais de 100 dias era suposto que as empresas já soubessem como tudo funciona.
Mas, pelo que nos foi transmitido não é bem assim que funciona. Muitas empresas continuam a cometer erros e os mesmos devem ser sanados urgentemente.
A par disso, Peter deixou uma definição muito importante de “personal data” ou seja, dados pessoais.
Dados que são associados a uma pessoa em específico e que permitem a sua identificação.
O RGPD apenas se aplica a este tipo de informação. A par dessa questão é também importante ter cuidados redobrados com os dados sensíveis.
Tenha ainda em consideração que os dados recolhidos pela sua empresa não podem sair da União Europeia.
Além disso, todos os sites devem conter:
- Política de cookies
- Política de Privacidade
- Termos de Utilização
2 – Distribuição da comunicação
Uma grande parte desta conferência de marketing digital foi dedicada ao foco na distribuição da comunicação que é por nós criada.
A par disso, uma frase muito interessante de João Cortinhas CEO da Swonkie foi “Se o conteúdo é rei, a distribuição é a rainha”.
E, contrariamente ao que possa pensar, a verdade é mesmo essa. A sua empresa pode fazer um excelente conteúdo, mas, se não o souber distribuir, não existe valor agregado.
No que concerne esta temática, alguns dos principais insights que recolhi e que quero partilhar convosco são:
- Cada rede social tem um target específico, logo deve ter um tom diferente para cada uma
- Nem todas as métricas e kpi’s de vaidade são maus, tudo depende da forma como são analisados
- É importante criar uma estratégia integrada (online e offline) de forma a não desperdiçar dinheiro
- Os meios de comunicação são agora plataformas em que o consumidor escolhe o que quer fazer ou ver
- Uma forma cada vez mais comum de investimento das marcas é o podcasting, já que permite estabelecer uma ligação
- A criatividade é também essencial na distribuição da comunicação. Devemos pegar em ferramentas que temos e fazer algo diferente
- É importante pensar no seu site como uma forma de ganhar dinheiro
- É importante perceber a mudança no consumidor antes de a mesma acontecer, só assim se cria o conteúdo e a distribuição certa
- É importante considerar que muitas vezes o tráfego direto do seu site não é mais do que copy&paste do link para outras redes que não permitem a medição – dark social
- Os novos canais de distribuição devem ser aditivos à sua estratégia e não substitutos
- O email marketing e a publicidade não morreram
- A distribuição de conteúdo é o mais importante. Se não investir na distribuição todo o trabalho foi para nada
3 – Influenciadores
Numa era extremamente social, o tema dos influenciadores foi também bastante falado por parte de diversos oradores.
O que leva uma marca a escolher determinada pessoa como influencer?
Pois bem, existem dois pontos diferentes a considerar, quando uma marca opta por investir nesta estratégia.
- Macro influenciadores – Ou seja, figuras públicas com uma comunidade de seguidores fiel e extremamente elevada. Aqui o mais importante é o alcance que determinada comunicação irá ter
- Micro influenciadores – Qualquer pessoa comum que tem influência sobre uma determinada comunidade. Neste ponto o mais importante é o engagement do público alvo
Neste último ponto, o exemplo que foi dado refere-se a um streamer que provavelmente nenhum de vós que está neste momento a ler conhece. Mas, garanto que se perguntarem aos vossos filhos, eles sabem =).
O mesmo é conhecido na Twitch como MoraisHD e é um enternainer que tem nos dias que correm a maior comunidade de seguidores em Portugal nesta plataforma.
A Worten, investiu nele quando organicamente o ouviu falar da marca. Assim, nada melhor do que continuar a promover esta repetição da marca junto da sua comunidade.
Além de aumentar a notoriedade da marca, aumenta a quota de mercado. Claro está que associar-se a um influenciador não é algo que se encontre ao alcance de qualquer empresa.
Mas, para quem o pode fazer, é algo que está a trazer resultados muito bons a nível de retorno.
Mas, é preciso que primeiro perceba quais os seus objetivos, pois investir em influenciadores apenas por investir, não é uma boa solução.
Os influenciadores devem existir em parceria, por isso, a marca precisa perceber:
- Qual é o contexto em que ele se insere
- Porque é que é relevante para a sua comunidade
Não existe melhor influenciador do que um cliente feliz
4 – SEO e Keywords – A importância nos dias que correm
Outros temas bastante abordados nesta conferência de marketing digital, foram o SEO e as Keywords.
Os dois oradores desta conferência de marketing digital que abordaram este tema foram o Joaquin Flores da Hubspot e Bernhard Schultze da SEO Marketing no Brasil.
4.1 – SEO
No que concerne SEO, os insights recolhidos, vão muito a par com aquilo que tenho falado aqui no blog da FindUp.
Mas, de forma resumida, o que devem considerar é:
- Existem 3 fatores primordiais no que concerne uma boa estratégia de SEO:
- Relevância – On page
- Autoridade – Construída através de links externos
- Usabilidade – Ou seja, a experiência do utilizador
- Os links são muito importantes, e algumas dicas para os utilizarem corretamente são:
- Devem ser apenas de sites com autoridade pois ajudam a criar ranking
- O texto em torno do link deve ser trabalhado
- O link deve ser sempre inserido de forma orgânica no meio do conteúdo
- O texto do próprio link deve ser relevante
- Preferencialmente criar links para outras páginas que não a Home
- Não usar a mesma expressão em vários sites
- Quanto mais conteúdos tiver, mais hipótese tem de criar links internos
- É importante escolher as palavras-chave corretas para o seu conteúdo
- Sempre que possível, ao longo dos textos devem constar as palavras: oferta, promoção, preço
- É importante para o SEO que tenha um site seguro (Certificado de Segurança – SSL)
- Para obter os melhores resultados, garanta que a página de destino tem a resposta às necessidades do consumidor
4.2 – Keywords
Existem inúmeros insights que vos poderia deixar no que concerne as palavras-chave, mas, os mais interessantes são os seguintes:
- Todo o trabalho interno de um site deve ter keywords associadas, embora o foco de um artigo não deva ser apenas e só a palavra-chave
- Os resultados de google não são estáticos e mudam de acordo com diversos fatores
- Os algoritmos do Google mudam constantemente, é preciso adaptar-se
- A maior parte dos consumidores escreve da mesma forma que fala
- Se trabalhar apenas keywords no seu site, vai perder inúmeras oportunidades
- É importante considerar o campo semântico quando escreve conteúdo
- O conteúdo nasce, cresce e morre por isso tem de ser criado e alimentado de forma constante
- O seu site pode ter um tópico principal e depois vários subtópicos relacionados
5 – O conteúdo mudou e nós temos de o acompanhar
O conteúdo faz parte da nossa vida desde sempre. Aquela gravura na parede é conteúdo. Aquele papiro egípcio é conteúdo. Aquele vídeo no Youtube é conteúdo. Aquele infográfico que criou, é conteúdo…
Uma das maiores dificuldades das empresas nos dias que correm é criar confiança no consumidor.
Responda a estas questões:
- Era capaz de fazer uma compra de uma página ou site sem qualquer referência?
- Conseguia comprar de um site sem garantia de segurança ou cujas políticas de reembolso não fossem a seu favor?
- Comprava um produto da primeira vez que interagisse com um site?
Muito provavelmente a resposta à grande maioria das questões é não. Porquê? Porque enquanto consumidor é desconfiado.
Assim, porque é que acha que o consumidor irá comprar os seus produtos ou serviços se não confia em si?
No que respeita o conteúdo nos dias de hoje, considere o seguinte:
- O conceito de conteúdo alterou-se e nos dias que correm, qualquer pessoa faz conteúdo
- Para produzir bom conteúdo é preciso perceber o contexto da persona
- As grandes marcas e as pequenas marcas, criam conteúdos de forma diferente
- O foco das empresas deve ser sempre no volume e velocidade, guiado pela personalização e dados
- Devemos criar maior quantidade de conteúdo, mas sempre assente em dados reais
- É importante saber antecipar as necessidades
- É importante estudar as tendências
- As empresas tomam grandes decisões baseados em pequenas quantidades de dados
- Boas experiências ajudam a criar confiança no consumidor
- É importante separar o conteúdo ao máximo e criar o máximo de peças diferentes
- É preciso entregar valor, valor, valor e só depois querer levar o cliente a comprar
- É importante perceber a mudança no consumidor antes de a mesma acontecer, só assim se cria o conteúdo e a distribuição certa
6 – Jornada do Consumidor
Outro tema abordado por vários oradores desta conferência de marketing digital foi a jornada do consumidor.
Hoje em dia a mesma não é unilateral como era há alguns anos. Hoje, é preciso não só conhecer o consumidor, como saber o que é que ele deseja.
A jornada do consumidor assenta essencialmente em 4 fases diferentes:
- Fase de conhecimento – O que é este produto, serviço ou empresa
- Fase de consideração – Será que este produto vale mesmo a pena?
- Fase da avaliação – Como é que posso escolher o melhor produto adaptado às minhas necessidades?
- Fase final – Avaliação da compra
Contudo, não é simples conseguir acompanhar em apoio este funil do consumidor. Então, uma boa opção é investir em automação de marketing.
Mas o que é a automação de marketing? De acordo com a definição dada por Caio Vaz da RDStation “Entender e agir de forma personalizada e escalável com as pessoas que interagem com o seu negócio através de diferentes canais online”.
Esta automação ajuda a levar o consumidor a uma decisão de compra mais rápida e mais assertiva. Se tem um bom produto, não tem de ter medo de o dar a conhecer.
Claro está que nem todas as empresas podem investir neste tipo de ferramentas. Contudo, numa fase inicial os recursos gratuitos das mesmas podem ser uma excelente ajuda.
De forma bastante resumida estes foram os insights que reconheci ao longo destes 2 dias de informação intensa proporcionada por 46 oradores.
Foi a primeira vez que assisti a uma conferência de marketing digital e pessoalmente, qualquer pessoa que trabalhe nesta área deve assistir à mesma.
Não só pelo networking que é feito, mas principalmente pela quantidade de informação de qualidade que é disponibilizada.
Por este ano acabou, mas para o ano há mais!